Lia Quaglio

Lia Quaglio

Eu sou eu...meio irreverente.

Filha, mãe, avó e mulher.

Sempre escrevi...escrevo sempre.

Uma estória ou um verso qualquer.

Escritora...quem sabe...

Poetisa...talvez...

Sempre buscando na realidade

Palavras de muita verdade.

Essa sou eu...intensamente.

Horóscopo

Os astros me inclinam à poesia e ao engano

Sou um pouco maga,  um pouco fada

Pressentimentos me assolam e eu

Ouço uma balada em solo no canto da alma

Acho que o que escuto é uma canção antiga

O aviso da solidão que se aproxima

Lembranças lindas me trazem insegurança

Enquanto me enganando meu coração se anima

Triste Lua

Hoje vejo uma lua diferente

Não a lua dos namorados

 Brilhante musa latente

Pendurada no infinito

Vejo uma lua triste projetando

Sombras de plúmbeo letargo

Pesando na obscura noite

Sobrepujando minha própria tristeza

Não deixa de ter certa beleza

Exacerba seu poder natural

Transgride sua função e assume

Outro aspecto ao lançar seu lume

Minha casa

Dentro de mim tem uma casa de pedra

Onde deito na rede da varanda e olho o céu

De noite lua de diamante,  de dia de ouro é o sol

Fica perto do mar, tem cheiro de sal e conchas na areia

Caminho dentro de mim a catá-las como fossem flores

Encho meu quarto com elas e moro ali....como ostra

Respiro o vento....viajo livre no pensamento

E tudo ali dentro....bem dentro de mim

Enquanto poeta

Sinto-me impostora

Nas minhas expedições literárias

Vou customizando palavras

Tendo visões siamesas de um mesmo fato

Na dualidade da narrativa

Vou criando mais um filho

Pois cada poema é um parto